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Peso Argentino é Destaque Global em 2024, Enquanto Real Enfrenta Queda Acentuada

Peso Argentino Lidera Ranking Global de Valorização em 2024; Real Brasileiro Fica na Lanterna

Em um ano marcado por turbulências econômicas globais, o peso argentino surpreendeu ao se tornar a moeda com maior valorização em termos reais em 2024, com um aumento de 44,2% nos primeiros 11 meses do ano. O desempenho destacou-se no relatório do Bank for International Settlements, analisado pela consultoria GMA Capital e divulgado pelo Financial Times.

A conquista do peso argentino foi impulsionada por uma combinação de políticas econômicas implementadas pelo presidente Javier Milei, que assumiu o cargo em dezembro de 2023. Por outro lado, o real brasileiro amargou a última posição no ranking, registrando uma desvalorização superior a 10%, considerada a inflação.


As Políticas de Milei e o “Super Peso”

Desde que assumiu o comando da Argentina, Milei priorizou medidas para estabilizar a economia, mesmo em meio a uma inflação acumulada de 112% ao longo do ano. Entre os resultados mais notáveis estão a redução da diferença entre as taxas de câmbio oficial e paralela, que caiu de 200% para menos de 20%, e o aumento do poder de compra em dólares.

A estabilização do peso e o aumento de salários no mercado paralelo permitiram ganhos de confiança na economia local. No entanto, a valorização acentuada, apelidada de "super peso", trouxe impactos negativos, como o aumento dos custos em dólares para diversos setores. O preço de um Big Mac, por exemplo, subiu para US$ 7,90, mais que o dobro dos US$ 3,80 registrados no ano anterior. Além disso, setores como o agronegócio e a indústria enfrentaram desafios adicionais.


Real Brasileiro: A Outra Face da Moeda

Enquanto o peso argentino crescia em valor, o real brasileiro enfrentou dificuldades, com uma depreciação superior a 10% em termos reais. Especialistas apontam que o cenário brasileiro reflete incertezas políticas e econômicas, além de pressões inflacionárias que afetaram negativamente a confiança dos mercados.


O Custo de Manter o Peso Forte

Para manter a estabilidade do peso, o Banco Central da Argentina utilizou dólares de suas reservas, que agora enfrentam desafios para recuperação. Analistas alertam que o fortalecimento excessivo do peso pode prejudicar a competitividade da Argentina, especialmente em setores voltados à exportação.

Além disso, o panorama global apresenta riscos adicionais, como possíveis tarifas comerciais dos Estados Unidos sob a administração de Donald Trump, o que poderia levar a novas desvalorizações em mercados emergentes.


Perspectivas para 2025

O governo de Javier Milei planeja sustentar as políticas cambiais em 2025, contando com o apoio de reformas fiscais, desregulamentações e investimentos estratégicos em setores como lítio, petróleo e gás. Uma anistia fiscal recente ajudou a atrair dólares, fortalecendo ainda mais a economia.

No entanto, o cenário permanece incerto. Milei prometeu implementar um regime de câmbio flutuante até o final de 2025, o que poderia trazer novos desafios. Nicolás Dujovne, ex-ministro da Economia da Argentina, acredita que o sucesso dependerá da manutenção da confiança nas reformas e da disciplina fiscal.

“Com uma moeda valorizada, cada passo na política fiscal se torna mais crucial”, ressaltou Dujovne.

Enquanto o peso argentino celebra um desempenho recorde, os próximos anos serão decisivos para determinar se a valorização se sustentará ou se ajustes serão inevitáveis para garantir a competitividade do país.












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