A última ocorrência registrada na região foi em 2018.
Uma criança chamada Davi Ramon Martini Nunes faleceu aos sete anos devido à meningite, causada pela bactéria pneumococo, em Santa Clara do Sul. Davi era aluno da Escola Sereno Afonso Heisler e filho de Kelly Martini, servidora pública do município. Segundo dados da 16ª Coordenadoria Regional de Saúde, o último caso fatal de meningite na região ocorreu em 2018.
Abalada, Kelly destacou a importância de os pais estarem atentos aos sintomas, especialmente quando os filhos manifestam algo incomum. A meningite que afetou Davi era bacteriana e contagiosa. O médico pediatra João Paulo Weiand, que atendeu o caso, afirmou que o tempo de contágio é relativo e é difícil precisar, mas a chance de transmitir pneumococo em turmas de escola é baixa.
O pneumococo, a bactéria responsável pela meningite de Davi, é a principal causadora dessa doença em crianças, conforme explicou o médico Weiand. A doença é grave, tratável, mas apresenta alto risco de complicações e pode levar à morte. Existem mais de 100 tipos de pneumococos, alguns mais prevalentes e causadores de doenças graves.
Weiand ressaltou a redução significativa de casos de meningite bacteriana em 2020 e 2021 no Rio Grande do Sul, atribuindo isso às medidas de restrição durante a pandemia de COVID-19. Ele destacou a vacinação como uma medida preventiva importante, cujo índice no estado caiu de 95,57% para 77,48% entre 2015 e 2021.
O contágio da meningite geralmente ocorre por gotículas respiratórias, e a vacinação pode ser realizada a partir dos dois meses de idade, com reforço aos doze meses. O diagnóstico é feito por meio de punção lombar, e o tratamento envolve antibióticos potentes e amplo suporte hospitalar.
Weiand enfatizou a importância de manter a carteira de vacinação em dia e procurar atendimento médico imediato ao apresentar sintomas como febre alta, dor de cabeça intensa e vômitos. A meningite é caracterizada por um processo inflamatório das meninges, as membranas que revestem o encéfalo e a medula espinhal, sendo causada por vírus, bactérias, fungos ou parasitas. A transmissão ocorre pelo contato direto entre pessoas, especialmente através de secreções respiratórias. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, irritabilidade, falta de apetite, náuseas, vômitos, manchas vermelhas na pele, confusão mental, cansaço, sonolência e convulsões. A prevenção envolve o diagnóstico precoce, a vacinação de pessoas próximas a pacientes e de grupos de risco.
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